FORMAS DE GOVERNO E PRÁTICAS ECONÔMICAS ORDINÁRIAS
Este projeto, baseado em
pesquisas etnográficas, tem como objetivo o estudo comparativo das relações
entre modos de governo e práticas econômicas ordinárias. Trata-se, em particular,
de analisar as relações entre diferentes modos de governo e as maneiras também múltiplas
pelas quais as práticas econômicas ordinárias fazem seus ou contestam esses
quadros, quadros que elas ainda contribuem a criar e transformar.
Por um lado, um conjunto de práticas e políticas de governo, de gestão de população e de territórios, e, mais especificamente, de regulação de mercados e de fluxos monetários, criadas e acionadas dentro de uma rede densa de pessoas e de instituições, de agentes e agências diversificadas, tais como governos, instituições internacionais, ONG, agentes de segurança, líder e associações “locais”. Por outro lado, um conjunto de práticas desenvolvidas tanto na esfera da economia doméstica, no seu sentido mais amplo, quanto em redes de relações pessoais: modos de abastecimento, de ganhar e administrar o dinheiro, por meio de trocas, poupanças, empréstimos e investimentos, em universos onde o acesso ao dinheiro não passa principalmente por empregos formais nem pela condição salarial.
As práticas cotidianas das “pessoas ordinárias” muitas vezes permanecem escuras quando elas são vistas pelas categorias de percepção e de ação que servem para elaborar políticas e programas de intervenção dentro do que se chama de “economia doméstica”, “economia informal” ou “economia ilegal” – realidades econômicas que justamente resistem aos dispositivos tradicionais da estatística. A nossa ambição também é de entender, de modo sociologicamente positivo, as relações entre esses dois universos (por exemplo, entre práticas econômicas ordinárias e os esforços para medi-las), e os espaços complexos e densos de agências e agentes que estruturam essas relações.
A hipótese fundamental deste projeto, situado na fronteira entre antropologia do Estado e das formas de governo por um lado, a etnografia da economia por outro, é que é fecundo analisar com as mesmas ferramentas teóricas situações que podem aparecer a primeira vista muito distantes. As equipes francesas e brasileiras, que ele junta, trabalham assim em diversos campos na França (e na Guiana francesa) e no Brasil, mas também em outros universos nacionais, como no Haiti, na Argentina, na Índia, na Columbia, nos Estados-Unidos, e no México.
Equipes
Este acordo quer estimular as trocas intelectuais, criando um ambiente que favorece a formação de jovens pesquisadores e doutorandos através de pesquisas caracterizadas pela internacionalização e pelo comparatismo.
No Brasil, este projeto é sediado pelo Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC) do PPGAS, Museu Nacional, UFRJ, e do lado francês pelo IRIS (Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (Sciences sociales, Politique, Santé) – Instituto de Pesquisa Interdisciplinar sobre Questões Sociais (Ciências sociais, Política, Saúde)).
Por um lado, um conjunto de práticas e políticas de governo, de gestão de população e de territórios, e, mais especificamente, de regulação de mercados e de fluxos monetários, criadas e acionadas dentro de uma rede densa de pessoas e de instituições, de agentes e agências diversificadas, tais como governos, instituições internacionais, ONG, agentes de segurança, líder e associações “locais”. Por outro lado, um conjunto de práticas desenvolvidas tanto na esfera da economia doméstica, no seu sentido mais amplo, quanto em redes de relações pessoais: modos de abastecimento, de ganhar e administrar o dinheiro, por meio de trocas, poupanças, empréstimos e investimentos, em universos onde o acesso ao dinheiro não passa principalmente por empregos formais nem pela condição salarial.
As práticas cotidianas das “pessoas ordinárias” muitas vezes permanecem escuras quando elas são vistas pelas categorias de percepção e de ação que servem para elaborar políticas e programas de intervenção dentro do que se chama de “economia doméstica”, “economia informal” ou “economia ilegal” – realidades econômicas que justamente resistem aos dispositivos tradicionais da estatística. A nossa ambição também é de entender, de modo sociologicamente positivo, as relações entre esses dois universos (por exemplo, entre práticas econômicas ordinárias e os esforços para medi-las), e os espaços complexos e densos de agências e agentes que estruturam essas relações.
A hipótese fundamental deste projeto, situado na fronteira entre antropologia do Estado e das formas de governo por um lado, a etnografia da economia por outro, é que é fecundo analisar com as mesmas ferramentas teóricas situações que podem aparecer a primeira vista muito distantes. As equipes francesas e brasileiras, que ele junta, trabalham assim em diversos campos na França (e na Guiana francesa) e no Brasil, mas também em outros universos nacionais, como no Haiti, na Argentina, na Índia, na Columbia, nos Estados-Unidos, e no México.
Equipes
Este acordo quer estimular as trocas intelectuais, criando um ambiente que favorece a formação de jovens pesquisadores e doutorandos através de pesquisas caracterizadas pela internacionalização e pelo comparatismo.
No Brasil, este projeto é sediado pelo Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC) do PPGAS, Museu Nacional, UFRJ, e do lado francês pelo IRIS (Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (Sciences sociales, Politique, Santé) – Instituto de Pesquisa Interdisciplinar sobre Questões Sociais (Ciências sociais, Política, Saúde)).